terça-feira, 27 de novembro de 2018

Semana da Consciência Negra é tema de trabalhos na EE Porto Primavera



A  expressão Consciência Negra é uma expressão que designa a percepção histórica e cultural que os negros têm de si mesmos.


A  partir  dessa  premissa  a professora Lucimara dos  Santos, foto  ao lado,   da EE  Porto  Primavera   desenvolveu  interessante    atividade  com  os  alunos  dos anos finais  do  ensino  fundamental.  Tais  trabalhos, alusivos  ao  tema, se  constituíram  em criativas  maquetes  feitas  pelos  alunos. 

Confira  nas  fotos.  As  produções  foram   avaliadas  pela  professora e, em seguida,  apresentadas  aos  alunos   durante  o  intervalo  do  período  vespertino. Os  alunos  do  período  da  manhã  também  tiveram  a oportunidade  de    visualizar  a  bonita  exposição.         Todos  estão de parabéns.

Nos  trabalhos há muitos  indícios, alguns   subliminares, sobre  a luta dos negros contra a discriminação racial e a desigualdade social.

 
Dia da Consciência Negra é comemorado em todo território nacional. Esta data foi escolhida por ter sido o dia da morte do líder negro Zumbi, que lutou contra a escravidão no nordeste.
A celebração relembra a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade.  Também  sugere  que  todos  nós  façamos  reflexões   mais  profundas  sobre  a  ação  condenável    de nossas  elites   com relação  aos  Direitos  Humanos.   Afinal, as gerações de afro-descendentes que sucederam a época de escravidão sofreram diversos níveis de preconceito.  Tal  situação  ainda  persiste   até os dias  atuais  apesar  dos  avanços  que  ocorreram, referência  essa feita no  âmbito  do  Poder  Executivo,   entre os  anos de  2003  até  2014.

 A data foi estabelecida pelo projeto Lei n.º 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. No entanto, somente em 2011 a lei foi sancionada (Lei 12.519/2011) pela presidente Dilma Rousseff.

Em alguns estados do país, o Dia da Consciência Negra é feriado como no Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.


As diversas nações africanas não se reconheciam como negros, e sim como Bantos, Haúças, Niams, Fulas, Kanembus, etc.
Os primeiros africanos trazidos para o Brasil como escravos chegaram aqui em 1532 e a abolição do tráfico negreiro deu-se em 1850, pela lei Euzébio de  Queiroz. Essa legislação,  lamentavelmente,  foi  criada   para  proteção,  não  dos  negros  aviltados  historicamente, mas  para a  preservação  de interesses  escusos  de  sórdidos capitalistas locais e  ingleses.

Após a abolição formal da escravidão no dia 13 de maio de 1888, a busca pela igualdade por direitos dos negros jamais cessou.  Na verdade  as dificuldades , com relação  as  questões  de  igualdade,  se acentuaram.

O sentimento de discriminação, sentido em todas as áreas, tornou o negro excluído da sociedade, da educação e assim, marginalizado no mercado de trabalho.

Essa exclusão foi, ainda  que  muito  lenta,  se diluindo.  Há  quem diga  que isso na verdade  não  ocorre pois  a  hipocrisia, incrustada  na cultura  do  país,  é  bem mais  forte.   O negro encontrava lugar nos esportes e artes, mas não tinha acesso à universidade, por exemplo. Desse  modo, a população negra optou por uma celebração simbólica dessa luta constante para sua libertação.

Durante o período de novembro, diversas atividades e projetos são realizados nas escolas de todo o país para comemorar a luta dos afrodescendentes.  O  projeto  e as  atividades  desenvolvidas  na EE  Porto  Primavera  pela  professora  Lucimara  dos  Santos e seus  alunos  se  inserem  nesse  contexto.
Além disso, tem o intuito de conscientizar   os  alunos da Unidade  Escolar para a importância dessa  população  negra na formação social, histórica e cultural de nosso país.         Muito  interessante e enriquecedora a experiência.





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