quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Jornada de Lutas: juventude reivindica também passe livre e alimentação

Além da defesa nacional por prioridade à Educação, Jornada de Lutas enche ruas por pautas locais em estados como RS e SP
 Fonte:  UBES- Na última semana, estudantes do Brasil todo permaneceram em mobilização, na Jornada de Lutas de agosto. Apesar das reivindicações nacionais, como pela revogação da reforma do Ensino Médio e do teto de gastos (Emenda Constitucional 95), alguns estados uniram muita gente também em torno de questões locais.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a defesa do passe livre estudantil ganhou destaque, pois o direito está ameaçado na capital Porto Alegre. Em São Paulo, estudantes aproveitaram a Jornada para apoiar a criação de um Programa de Alimentação Estudantil.
Apesar das questões específicas de cada lugar, todas as lutas do período têm algo em comum: construir possibilidades para a ampliação do acesso e da permanência da juventude em escolas e universidades.
As pautas nacionais apontam caminhos para a melhoria da qualidade do ensino público. Uma vitória desta jornada foi evitar o corte de R$ 5 bilhões da Educação em 2019, graças à luta pela sanção da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não só no Congresso Nacional, em Brasília, como também pelos estados. Em Belém (PA), a audiência pública sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi cancelada pelos protestos estudantis.


No Rio Grande do Sul, a juventude está atenta a cortes no passe livre estudantil de Porto Alegre, propostos pelo prefeito Nelson Marchezan (PSDB), além do fechamento de escolas estaduais, pelo governador Sartori (MDB).
Mais de 10 mil jovens encheram as ruas da capital nesta sexta (17/8), depois do movimento construído nas escolas e universidades ao longo da semana.
Se o projeto do prefeito de Porto Alegre for aprovado pela Câmara dos Vereadores, apenas estudantes com renda familiar menor a três salários mínimos teria direito ao passe, mesmo entre os matriculados na rede pública. Ainda assim, o passe estudantil ficaria restrito para ir e voltar da escola.
Para o movimento estudantil, a mudança aumentaria drasticamente a evasão escolar e ainda limitaria os mais pobres a frequentar a escola em outros turnos, além dos equipamentos de cultura e lazer. 








Em São Paulo, bolsas e restaurantes
O Bom Prato Estudantil é das principais causas em São Paulo. O projeto de restaurante universitário (PL542/17) pode oferecer alimentação saudável a preços subsidiados para estudantes universitários e secundaristas.
Ainda em São Paulo, o movimento estudantil reafirmou a luta pelo PL 570/16, por bolsas de assistência nas escolas técnicas, que são de período integral, e na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec).
Na  foto  abaixo: “Chega de coxinha”, diz cartaz da UPES, UEE e UBES, na frente da Assembleia Legislativa de SP (Foto: Karla Boughoff)


 Audiência  pública pelo  projeto  do  Bom Prato  Estudantil aconteceu na segunda, 14  (  foto  Karla  Boughoff )


 Manifestação em São Paulo na quinta (16) se somou às articulações no Brasil todo por prioridade e financiamento para a Educação, contra a reforma do Ensino Médio, a atual BNCC e a Emenda Constitucional 95