A
partir dessa premissa
a professora Lucimara dos Santos, foto ao lado, da EE Porto
Primavera desenvolveu interessante atividade
com os alunos
dos anos finais do ensino
fundamental. Tais trabalhos, alusivos ao
tema, se constituíram em criativas
maquetes feitas pelos
alunos.
Confira nas
fotos. As produções
foram avaliadas pela
professora e, em seguida,
apresentadas aos alunos
durante o intervalo
do período vespertino. Os alunos
do período da
manhã também tiveram
a oportunidade de visualizar
a bonita exposição. Todos
estão de parabéns.
Nos
trabalhos há muitos indícios, alguns subliminares, sobre a luta dos negros contra a discriminação
racial e a desigualdade social.
O Dia da Consciência Negra é
comemorado em todo território nacional. Esta data foi escolhida por ter sido o
dia da morte do líder negro Zumbi, que lutou contra a escravidão no nordeste.
A celebração relembra a importância
de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Também
sugere que todos
nós façamos reflexões
mais profundas sobre
a ação condenável
de nossas elites com relação
aos Direitos Humanos.
Afinal, as gerações de
afro-descendentes que sucederam a época de escravidão sofreram diversos níveis de
preconceito. Tal situação
ainda persiste até os dias
atuais apesar dos
avanços que ocorreram, referência essa feita no
âmbito do Poder
Executivo, entre os anos de
2003 até 2014.
Em alguns estados do país, o Dia da
Consciência Negra é feriado como
no Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
As diversas nações africanas não se
reconheciam como negros, e sim como Bantos, Haúças, Niams, Fulas, Kanembus,
etc.
Os primeiros africanos trazidos para
o Brasil como escravos chegaram aqui em 1532 e a abolição do tráfico negreiro
deu-se em 1850, pela lei Euzébio de
Queiroz. Essa legislação, lamentavelmente, foi
criada para proteção,
não dos negros
aviltados historicamente,
mas para a preservação
de interesses escusos de
sórdidos capitalistas locais e
ingleses.
Após a abolição formal da escravidão
no dia 13 de maio de 1888, a busca pela igualdade por direitos dos negros
jamais cessou. Na verdade as dificuldades , com relação as
questões de igualdade, se acentuaram.
O sentimento de discriminação,
sentido em todas as áreas, tornou o negro excluído da sociedade, da educação e
assim, marginalizado no mercado de trabalho.
Essa exclusão foi, ainda que
muito lenta, se diluindo. Há quem
diga que isso na verdade não
ocorre pois a hipocrisia, incrustada na cultura
do país, é bem
mais forte. O negro encontrava lugar nos esportes e
artes, mas não tinha acesso à universidade, por exemplo. Desse modo, a população negra optou por uma
celebração simbólica dessa luta constante para sua libertação.
Durante o período de novembro,
diversas atividades e projetos são realizados nas escolas de todo o país para
comemorar a luta dos afrodescendentes.
O projeto e as
atividades desenvolvidas na EE
Porto Primavera pela
professora Lucimara dos
Santos e seus alunos se
inserem nesse contexto.
Além disso, tem o intuito de
conscientizar os alunos da Unidade Escolar para a importância dessa população negra na
formação social, histórica e cultural de nosso país. Muito
interessante e enriquecedora a experiência.
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