Além da defesa nacional por
prioridade à Educação, Jornada de Lutas enche ruas por pautas locais em estados
como RS e SP
Fonte: UBES- Na última semana, estudantes do Brasil todo permaneceram
em mobilização, na Jornada
de Lutas de agosto. Apesar das reivindicações nacionais, como pela
revogação da reforma do Ensino Médio e do teto de
gastos (Emenda Constitucional 95), alguns estados uniram muita gente também em
torno de questões locais.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a defesa do passe livre
estudantil ganhou destaque, pois o direito está ameaçado na capital Porto
Alegre. Em São Paulo, estudantes aproveitaram a Jornada para apoiar a criação
de um Programa de Alimentação Estudantil.
Apesar das questões específicas de cada lugar, todas as lutas do
período têm algo em comum: construir possibilidades para a ampliação do acesso
e da permanência da juventude em escolas e universidades.
As pautas nacionais apontam caminhos para a melhoria da
qualidade do ensino público. Uma vitória desta jornada foi evitar
o corte de R$ 5 bilhões da Educação em 2019, graças à luta pela
sanção da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não só no Congresso Nacional,
em Brasília, como também pelos estados. Em Belém (PA), a audiência pública
sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi
cancelada pelos protestos
estudantis.
No Rio Grande do Sul, a juventude está atenta a cortes
no passe livre estudantil de
Porto Alegre, propostos pelo prefeito Nelson Marchezan (PSDB), além do fechamento
de escolas estaduais, pelo governador Sartori (MDB).
Mais de 10 mil jovens encheram as ruas da capital nesta sexta
(17/8), depois do movimento construído nas escolas e universidades ao longo da
semana.
Se o projeto do prefeito de Porto Alegre for aprovado pela
Câmara dos Vereadores, apenas estudantes com renda familiar menor a três
salários mínimos teria direito ao passe, mesmo entre os matriculados na rede
pública. Ainda assim, o passe estudantil ficaria restrito para ir e voltar da
escola.
Para
o movimento estudantil, a mudança aumentaria drasticamente a evasão
escolar e ainda limitaria os mais pobres a frequentar a escola em outros
turnos, além dos equipamentos de cultura e lazer.
Em
São Paulo, bolsas e restaurantes
O Bom Prato Estudantil é das principais causas em São Paulo. O
projeto de restaurante universitário (PL542/17) pode oferecer alimentação
saudável a preços subsidiados para estudantes universitários e secundaristas.
Ainda em São Paulo, o movimento estudantil reafirmou a luta pelo
PL 570/16, por bolsas de assistência nas escolas técnicas, que são de período
integral, e na Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec).
Na foto abaixo: “Chega de coxinha”, diz cartaz da UPES, UEE e UBES, na frente da Assembleia Legislativa de SP (Foto: Karla Boughoff)
Audiência pública pelo
projeto do Bom Prato
Estudantil aconteceu na segunda, 14
( foto Karla
Boughoff )
Manifestação em São Paulo na quinta
(16) se somou às articulações no Brasil todo por prioridade e financiamento
para a Educação, contra a reforma do Ensino Médio, a atual BNCC e a Emenda
Constitucional 95
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