O Dia Nacional da Consciência Negra é
comemorado em 20 de novembro, dia da morte do líder Zumbi dos Palmares.
O evento realizado no Dia da Consciência Negra que foi desenvolvido pela área de Humanas no componente curricular de História da EE Porto Primavera se enquadra especialmente no contexto da frase acima e reporta a vários desdobramentos posteriores.
O evento foi organizado pelo Grêmio Estudantil Edson Luís GEEL com o monitoramento do professor Ismael Montagnini, e contou com a ajuda e apoio dos gestores, docentes da Unidade escolar e alunos. Aconteceu nos dois períodos Manhã e Tarde.
Marcelle e Talita- da diretoria do GEEL
O encontro apresentado pelos alunos do GEEL teve início com a exposição de um vídeo, produzido pelo aluno Taynan Mancilla da 3ª série A do ensino médio, sobre o racismo. Na sequência os presentes assistiram a um bonito desfile afro, com músicas especialmente do gênero.
Aqueles que estavam presentes prestigiaram também uma apresentação de Capoeiristas, precedida por muitos informes do gênero e alusivos à modalidade e uma palestra do professor Bruno Dias. Vamos vê-lo logo mais adiante. Bruno é doutor em História e estudante de mestrado da UNESP na mesma área.
Ainda durante as apresentações que aconteceram no pátio da escola os estudantes prepararam uma exposição de objetos antigos alusivos ao tema.
A exposição foi preparada pelos alunos dos 7º Anos A,B,C e D da escola.
A exposição dos mesmos se encontra numa das salas da escola e está aberta a visitação dos estudantes. No desfile, se apresentaram os seguintes alunos : Gleice Kelly. Isabelly Vitória, Mayara Saldanha, Igor Neves, Everson Pereira, João Miguel, Maria Claudia, Julio Henrique Bálico, José Augusto, Evelin Carvalho, Leticia Laura. Confira na foto ao acima
Na apresentação da Capoeira o professor de Capoeira Destra e o capoeirista Claudiano realizaram uma bela apresentação.
O evento foi organizado pelo Grêmio Estudantil Edson Luís GEEL com o monitoramento do professor Ismael Montagnini, e contou com a ajuda e apoio dos gestores, docentes da Unidade escolar e alunos. Aconteceu nos dois períodos Manhã e Tarde.
Marcelle e Talita- da diretoria do GEEL
O encontro apresentado pelos alunos do GEEL teve início com a exposição de um vídeo, produzido pelo aluno Taynan Mancilla da 3ª série A do ensino médio, sobre o racismo. Na sequência os presentes assistiram a um bonito desfile afro, com músicas especialmente do gênero.
Aqueles que estavam presentes prestigiaram também uma apresentação de Capoeiristas, precedida por muitos informes do gênero e alusivos à modalidade e uma palestra do professor Bruno Dias. Vamos vê-lo logo mais adiante. Bruno é doutor em História e estudante de mestrado da UNESP na mesma área.
Ainda durante as apresentações que aconteceram no pátio da escola os estudantes prepararam uma exposição de objetos antigos alusivos ao tema.
A exposição foi preparada pelos alunos dos 7º Anos A,B,C e D da escola.
A exposição dos mesmos se encontra numa das salas da escola e está aberta a visitação dos estudantes. No desfile, se apresentaram os seguintes alunos : Gleice Kelly. Isabelly Vitória, Mayara Saldanha, Igor Neves, Everson Pereira, João Miguel, Maria Claudia, Julio Henrique Bálico, José Augusto, Evelin Carvalho, Leticia Laura. Confira na foto ao acima
Na apresentação da Capoeira o professor de Capoeira Destra e o capoeirista Claudiano realizaram uma bela apresentação.
O diretor
Domingos de Souza Ramos fez a abertura do Encontro
e observou que
o dia da
Consciência Negra é
muito importante como
marco de preservação
da lembrança de que todos
somos iguais e que não devemos
nunca nos esquecer disso em todos
os dias, e não somente
nesse 20 de novembro.
O professor
palestrante Bruno inicialmente
reportou a data
do dia 20 reportando
a morte do
líder Zumbi dos Palmares.
( Bruno Dias falando aos presentes) Nesse sentido observou a
constituição étnica do
povo brasileiro realizando interessantes analogias
com as perspectivas
dominantes. Bruno afirmou
que nossas elites,
há séculos vêm
incentivando a propagação da
ideia de que
os negros são
diferentes dos brancos e
que, por esse motivo
precisam ser explorados
mais do que
os brancos.
Observou ainda o controle
e o domínio dos
mais diversos setores da
cultura dominante, por
essa elite preconceituosa notadamente racista e
com resquícios fascistóides, ainda que
ocasionalmente ocultos.
Bruno
fez analogias diversas
sobre a temática abordando
o assunto numa linguagem acessível
a atrativa. “As condições
sociais é que determinam aquelas
questões acerca da
igualdade e da forma
como as pessoas veem o
mundo” . Dessa forma
o professor reuniu
argumentos irrefutáveis sobre
aquela visão que
os detentores do
Meios de Produção professam sobre
igualdade de oportunidades. ¨
Não há
igualdade de oportunidades
quando um jovem, oriundo de
uma família abastada,
concorre com um filho
de um trabalhador
que tenta viver
com salários pífios que
deveriam envergonhar os governantes."
Reportou ainda a situações
das mais diversas
e sempre reforçando a
questão do acolhimento
humano e do legado
do antropologista Franz
Boas . Bruno
ainda, em certo momento, observou: Não
existem raças e sim
etnias (..) todos
são iguais e aquelas
variações de cor da
pele, tipo de cabelo, etc são o resultado
da evolução nas mais
diversas regiões da
Terra com suas variáveis
geológicas e climáticas.
Os presentes ainda presenciaram uma bonita apresentação sobre a Capoeira. Ao lado o professor Destra, reportando a Cultura da Capoeira. O professor apontou os preconceitos dos brancos elitizados que, em certos momentos da história do Brasil, tentaram proibi-la.
Falou com determinação, orgulho e
muita emoção sobre a sua profissão.
O evento ainda contou com a presença dos representantes da Diretoria de Ensino de Mirante do Paranapanema. O supervisor José Francisco de Lima e a PCNP Marta Cristiane Esquivel de Lima
No período da tarde a equipe do GEEL contou com dois novos componentes. Renata Fernanda e Lorena Felix. Os membros da Diretoria do GEEL fizeram parte da Equipe de Organização e desenvolveram um bonito trabalho.
O professor Ismael se dirigindo aos presentes e, reportando ao evento, fez os agradecimentos aos colaboradores do Encontro.
O professor ainda lembrou que as atividades extra-classe requerem muito trabalho e quando todos ajudam as coisas se tornam mais fáceis. Ver os alunos envolvendo-se e construindo é muito bom. Vê-los observando e atentos então, é gratificante.
No dia 20 de novembro, é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra. Essa data foi instituída oficialmente pela lei nº 12.529, de 10 de novembro de 2011, e remete ao dia em que foi morto o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, no ano de 1695.
O Quilombo de Palmares situava-se na Serra da Barriga, na antiga Capitania de
Pernambuco – hoje, integra o município de União dos Palmares, no estado de
Alagoas –, e foi formado por volta do ano de 1597 por escravos fugitivos das
lavouras de cana-de-açúcar da referida capitania. A destruição desse quilombo
foi efetuada por um grupo de bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho. Esse mesmo
grupo foi responsável pela morte de Zumbi.
O Dia Nacional da Consciência
Negra é, portanto, fruto de uma reivindicação de um símbolo histórico (Zumbi).
Essa reivindicação é antiga, começou nos anos de 1970, quando o Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial,
num congresso realizado em 1978, elegeu a figura de Zumbi como símbolo da luta e resistência dos escravos negros no
Brasil durante o período de mais de 300 anos em que aqui vigorou o sistema
escravocrata.
Foi então
durante as décadas de 70 e 80, que vários grupos são formados com o intuito de
unir os jovens negros e denunciar todas
as formas de preconceito. Protestos e atos públicos das mais
diversas formas passam a ser realizados, chamando a atenção da população e
governo para o problema social – como a manifestação no Teatro Municipal de São
Paulo, que resultaria na formação do Movimento Negro Unificado.
Anos mais
tarde aconteceria a Marcha Zumbi,
realizada em Brasília no ano 1995
que contou com a presença de mais
de 30 mil pessoas, despertando a
necessidade de políticas públicas destinadas aos negros,
como forma compensatória e de inclusão nos campos socioeducativos. Com os dados
apontados pelo IBGE e
IPEA, a propósito alarmantes, um decreto
presidencial instituiu o Grupo de Trabalho Interministerial
para a Valorização da População Negra.
Porém,
a instauração de medidas concretas e práticas passa a ser realizada só após a
Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas
Correlatadas de Intolerância
que aconteceu na
cidade de Durban, na África
do Sul no ano de
2001.
A partir desse momento, o governo brasileiro
passa a ter interesse em demonstrar, efetivamente, o cumprimento de resoluções
determinadas internacionalmente pelos órgãos de Direitos Humanos.
Desse
momento em diante, são criados programas de cotas raciais, através de iniciativas estaduais e
municipais, e em 2003, é criada a Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da
Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR).
Veja que
a luta pelo
reconhecimento da igualdade
começa a dar os seus
primeiros passos. Não
foi uma tarefa fácil.
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